"Assim diz o Alto, O Sublime, que vive na eternidade, cujo nome é o Santo: Eu moro naquele lugar alto e santo, mas vivo também com o humilde e com o arrependido. Eu dou novas forças aos desanimados, dou coragem e vontade de viver aos que estão tristes e abatidos por causa de seus pecados."
Uma mãe, com o filhinho, deixava a casa para ir em busca de Jesus. De caminho, comunicou a uma vizinha o seu desígnio, e esta quis que Jesus lhe abençoasse os filhos. Assim várias mães se reuniram, levando seus pequeninos. Alguns já haviam passado a primeira infância, entrando para a meninice ou para a adolescência. Ao darenm as mães a conhecer seu desejo, Jesus ouviu com simpatia o tímido, lacrimoso pedido. Mas esperou para ver como os discípulos as tratariam. Ao vê-los mandar embora as mães, julgando aprazer-Lhe, mostrou-lhes o erro em que estavam, dizendo: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus" (Lc 18:16). Tomou nos braços as crianças, pôs-lhes as mãos sobre a cabeça, e deu-lhes as bênçãos em busca das quais tinham vindo. As mães ficaram confortadas. Voltaram para casa fortalecidas e felizes pelas palavras de Cristo. Foram animadas a tomar seus encargos com nova satisfação, e a trabalhar esperançosas por seus filhos. As mães de hoje devem receber-Llhe as palavras com a mesma fé. Cristo é agora tão verdadseiramente um Salvador pessoal, como quando vivia como homem entre os homens. É tão realmente o ajudador das mães em nossos tempos, como quando tomava os pequeninos nos braços, na Judéia. Os filhos de nosso lares são tanto o preço de Seu sangue, quanto as crianças de outrora. Jesus conhece as preocupações íntimas de cada mãe. Aquele cuja mãe lutou contra a pobreza e a privação, simpatiza com toda mãe em seus labores. Aquele que empreendeu uma longa viagem para aliviar o ancioso coração de uma cananéia, fará outro tanto pelas mães hoje em dia. Aquele que devolveu à viúva de Naim seu unigênito, e que, em agonia na cruz, Se lembrou de Sua própria mãe, comove-Se ainda hoje pela dor materna. Em todo pesar e em toda necessidade, dará conforto e auxílio. Vão as mães ter com Jesus, apresentando-Lhe suas perplexidades. Encontrarão suficiente graça para as ajudar na educação dos filhos. As portas acham-se abertas a toda mãe que desejar depor seus fardos aos pés do Salvador. Aquele que disse: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais" convida ainda as mães a conduzirem os pequeninos para serem por ele abençoados. Mesmo o nenê nos braços maternos pode permanecer sob a sombra do Onipotente, mediante a fé de uma mãe que ora. João Batista foi cheio do Espírito Santo, desde o seu nascimento. Se vivemos em comunhão com Deus, também nós podemos esperar que o Espírito divino molde nossos pequenos já desde os primeiros momentos. ...
Fonte: O Desejado de todas as Nações Ellen G. White, pág. 359-360